
Universidade Federal Fluminense
Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa
Classificação de cirurgias segundo potencial de contaminação:
Cirurgias limpas: realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local; cirurgias eletivas não traumáticas; fechamento por primeira intenção; sem penetração nos tratos respiratório, digestório e geniturinário; sem qualquer falha na técnica asséptica e sem drenos. Exemplos: herniorrafia, safenectomia, mamoplastia, revascularização do miocárdio;
Cirurgias potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação; cirurgias com drenagem aberta; cirurgias com discretas falhas técnicas no transoperatório; procedimentos em que ocorre penetração nos tratos respiratório, digestório ou geniturinário sob condições controladas sem contaminação significativa. Exemplos: gastrectomia, colescistectomia, prostatectomia, histerectomia abdominal;
Cirurgias contaminadas: realizadas em tecidos colonizados por abundante flora bacteriana, cuja descontaminação seja difícil; incisão na presença de inflamação aguda sem supuração local; quebra grosseira da técnica asséptica; tecidos traumatizados e abertos recentemente; cicatrização por segunda intenção. Exemplos: amigdalectomia, colectomia, apendicectomia, cirurgias de reto e ânus;
Cirurgias infectadas: realizadas em tecidos ou órgãos com presença de supuração local (pus), feridas traumáticas com mais de seis horas de exposição, tecidos desvitalizados ou necróticos. Exemplo: apendicectomia supurada, debridamento de escara com necrose, cirurgias com secreção purulenta local.